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O nome correto é pé plano, que nada mais é do que a ausência ou diminuição do arco longitudinal medial do pé. Basicamente, temos dois tipos de pé plano: o flexível e o rígido. O rígido, chamado assim por perda da mobilidade do pé, é o que mais preocupa, pois está associado a uma causa ou doença ortopédica que deve ser investigada: pé talo vertical ou coalizão tarsal são dois exemplos. Estes se manifestam causando dor ou limitação da função já na infância ou adolescência, sendo que podem requerer uma cirurgia.
O flexível pode estar presente na população geral (10-15%), sendo que na maior parte das vezes não causa dor ou perda da função, podendo ou não estar relacionado a herança familiar ou a frouxidão cápsulo-ligamentar (“elasticidade aumentada”), sendo que estes raramente causam dor ou limitação.
Outro fato interessante é que a maioria das crianças nascem com pé plano, conhecido como fisiológico (normal), e corrigem espontaneamente até os 3-4 anos. Ao contrário do que muitos pensam, palmilhas e botas ortopédicas não estão indicados, pois não há comprovação na literatura médica atual (1-2) que usando estes calçados haverá a correção dos chamados pés planos fisiológicos.
Em resumo, recomendo que se a criança ou adolescente apresente um pé plano, especialmente se possuir dor, deve ser examinado por um ortopedista, ele pode diagnosticar corretamente e propor o tratamento adequado.